quinta-feira, maio 15, 2008

Estradas sem nome

Hoje é um dia cinzento e eu cinzenta estou... Já por aqui escrevi algo da autoria de alguém inspirado que dizia que os dias cinzentos tinham um efeito de lupa de aumento sobre as dores da alma... E é verdade...
Ontem ia na radial de Benfica e reparei que ali existe uma passagem pedonal aérea que atravessa a estrada. No entanto, ao seguir a passagem com o olhar reparei que ela ia dar ao monte cheio de arbustos e árvores que ladeia a estrada. Nem um prédio, nem uma estrada, nada num raio considerável. É uma metáfora mesmo foleira mas às vezes sinto-me assim: "estrada pedonal por cima da radial que não vai dar a lado nenhum". Como se os passos dados fossem inúteis, como se ao chegar descobrisse que ainda nem saí do lugar...

terça-feira, maio 06, 2008

Desejos


Às vezes gostava de poder estalar os dedos e poder, num instante, conseguir o que desejo. Ou como o Aladino, que esfregava a lâmpada e num ápice o génio servia as suas vontades.

E não estou a falar de caprichos, pequenas vontades supérfluas ou desejos menores, mas sim das grandes mudanças da vida. É que às vezes esses grandes passos são tão gigantes que a nossa perna é muito curta para os dar de uma vez só... E é preciso ter paciência e dar passinhos pequeninos, um de cada vez, até chegar ao destino tão almejado... Mas o problema é que eu não tenho paciência! Especialmente quando diz respeito aos desejos mais profundos do meu coração... e por isso é que me fazia falta uma lamparina dourada!